À noite, quando me deito e tu já dormes, fico por ali assim.
Só a olhar para ti. Depois, passo as mãos pelos teus cabelos quentes. E ali
fico a urdir os teus sonhos na escuridão. Então, os teus sentidos despertam ao
de leve e suavemente sorris. Amanhã não te vais lembrar que te acariciei -
sussurro ao teu ouvido. Tu acenas que sim - que sim, que te vais lembrar -,
diz-me a tua expressão tranquila. Mas eu sei que não e, ali só comigo, fico
mais um pouco a descobrir, mar, terra e lua nos teus cabelos. Sinceramente,
confesso que prefiro que não te lembres; que na fronteira e limiar do teu mundo
de sonhos gigantes e o quarto sob a luz ténue, as minhas mãos te disseram que
sou teu.
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