Olha-se
à volta e percebemos que anda toda a gente enganada. Hoje em dia, damos
primazia a coisas que nada têm a ver com verdadeiro propósito de andarmos cá.
Coisas fúteis e inúteis. Coisas que não servem para nada a não ser mera
ostentação. Normalmente, são as pessoas mais inseguras e as que precisam de uma
qualquer forma de reconhecimento que admiram e desejam essas coisas. Nem sequer
se questionam sobre a forma e o motivo desse possível reconhecimento.
Esquecem-se as verdadeiras amizades, preterindo-as por aquelas do género «palmadinha-nas-costas-tu-és-muito-fixe-eu-não-te-contrario-em-nada-nem-te-digo-aquilo-que-deves-ouvir-mas-só-aquilo-que-queres-ouvir.»
Esquecem-se valores como a solidariedade, entendimento e partilha porque o
importante é parecer-se cool. Por
entre estas cortinas de comportamentos, acaba por ser difícil abrirmos as
nossas próprias cortinas, de maneira a admirar o esplendor daquilo que é
realmente a essência da nossa existência. A janela aberta não esconde nada, mas
o segredo está mesmo aí, em abrir a janela - a janela do coração. E atenção,
que falo de mim e do lugar que por vezes também ocupo.
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