Curiosamente,
sinto-te mais longe quando estou por perto. De ti nada saber, tornou-se no meu
passatempo favorito, pois dá-me espaço para imaginar aquilo que necessito e que
não necessito. Visões terríveis, bigornas e martelos de aço. Uma ou outra vez,
deixo-me adormecer para que me encontres na candura da minha ignorância
onírica. Uma ou outra vez, surpreendes-me com véus dissimulados, sentimentos a
galgar prados de ausências, sentimentos a galgar para lado nenhum
Curiosamente,
sinto-te mais longe quando estou por perto. Deverá ser isto a verdadeira
solidão. E, tu, por onde andas?