sexta-feira, 17 de julho de 2015

instantes precisos

Congelar um momento? Como e para quê?
Ainda são absurdas as coisas que dizemos. Sem espaço e pouco mesuráveis fisicamente. 
Piadas pobres sobre escombros do silêncio da nossa nudez. Legendas fodidas, carne viva, carne pela carne. Gente "reles", pessoas que derrubas do pedestal; nicotina nas veias dilatadas.
Imperfeições de medula. O bairro, ruas e ruínas em desgraça, crianças com berços de borracha, pneus de camiões TIR. Deixa arder tudo.
Ladrões de auto-rádios:
- "pá, não vi nada. Gamem tudo".
Tarôt, bruxas, maldições, puta que usaste uma beata minha que deixei no teu cinzeiro de carências numa madrugada qualquer pálida.
Confusão de corpos no jardim interior da tua casa de horrores. 25. Bela idade para instalar explosivos nos pilares da vida. Tungsténio com o os porcos, três mil e setecentos graus Celsius - "It's  hell, baby"
Fender Stratocaster afinada em ré, metal pedal, fuzz, estamos juntos na placenta, mãe.
"Wonderboy"? 
- o caralho.
Roleta russa logo pela manhã. Traz as cartas que eu levo o azar.

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